Paulo Queiroz
Se Deus fosse julgado por um tribunal isento, seria fácil acusá-lo e difícil absolvê-lo, porque, ou bem seria condenado por omissão: deixar que toda sorte de injustiças, crimes e desastres aconteçam sem nada a fazer, embora pudesse fazê-lo e evitá-lo; ou bem seria condenado por ação: se Ele é onipotente, onipresente, onisciente, que tudo sabe, tudo pode e tudo vê, então, todas as violências e crimes são obra sua, e os homens são apenas instrumentos de sua obra, boa ou má; afinal, os homens atuariam segunda a sua fria e calculada programação, tal qual a morte de seu próprio filho: um homicídio doloso e premeditado.
Paulo Queiroz
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